Na primeira noite
eles se aproximam
e colhem uma flor
de nosso jardim,
e não dizemos nada
Na segunda noite
já não se escondem
pisam nas flores
matam nosso cão
e não dizemos nada
Até que um dia
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a lua e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta
e porque não dissemos nada
já não podemos mais dizer nada
W. Maiakowski
quarta-feira, 11 de março de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário