OFENSAS: QUEM SAI MAIS PREJUDICADO
Rodrigo chegou da escola muito nervoso. Subiu para o seu quarto, bateu a porta e se jogou na cama aos prantos. Seu pai, homem simples mas muito sábio, foi verificar o que tinha acontecido com o filho. Quando viu o menino chorando, sentou-se à beira da cama e perguntou o que de tão grave havia ocorrido. O menino então desabafou dizendo:
- Foi o Maurício, pai, meu melhor amigo! Humilhou-me na frente de todos por causa do jogo de futebol. Eu estou com muita raiva! Tomara que ele fique doente e nunca mais possa ir à escola!
O pai calmamente pegou o filho pela mão e disse:
-Venha comigo, vamos fazer uma brincadeira.
O menino obedeceu. Foram até o quintal, perto da churrasqueira onde havia uma pilha de carvão. O pai então pediu ao filho que pegasse um por um daqueles carvões e tentasse atingir um lençol branco, que estava pendurado no varal a uma certa distância. O menino gostou da brincadeira e começou a atirar os pedaços de carvão em direção ao lençol. Quando terminou, havia muitos carvões espalhados pelo chão, porém pouquíssimos haviam atingido o lençol que continuava estendido no varal. Opai pegou novamente o menino pela mão, levou-o até um espelho e perguntou como estava se sentindo. O menino, olhando-se no espelho, disse:
- Cansado e sujo.
Então o pai completou:
- Está vendo, meu filho? Ao atirar carvão no lençol, você se cansou, sujando muito mais a si mesmo do que ao lençol. Assim também é a raiva que você está nutrindo por seu amigo: trará mais prejuízo para você do que para ele.
Quando decidimos revidar as ofensas que recebemos, com certeza somos mais atingidos e prejudicados do que a pessoa que nos ofendeu.
As ofensas prejudicam muito mais a você do que ao outro
SILVA, Maria Salete de A. Para que minha vida se transforme. São Paulo:Ed.Verus Editora,2002.
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